O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou na quinta-feira, 30, a terceirização irrestrita, medida que ampliará a precarização e os acidentes de trabalho no Brasil.
Em 2017, o governo Temer já havia conseguido aprovar a terceirização de atividades centrais – ou atividades fim – mas haviam questionamentos na Justiça sobre a legalidade da medida.
A aprovação, junto as mudanças impostas pela Reforma Trabalhista, permitirá ações como a que ocorreu na LATAM, que na última semana demitiu cerca de 1300 trabalhadores para contratar funcionários terceirizados.
A terceirização tem sido uma estratégia encontrada pelo mercado para ampliar seus lucros, sempre as custas dos trabalhadores, com contratos com menos direitos e salários rebaixados.
De acordo com pesquisa do Dieese, trabalhadores terceirizados tem até 3 vezes mais mortes no trabalho do que efetivos nos mesmos setores, como acontece no setor de Energia, e trabalham em média 3 horas a mais, recebendo 30% a menos.
A Fenametro repudia a medida, e alerta a categoria metroferroviária sobre os impactos no setor, que precisará de muita resistência.
O Brasil vive uma conjuntura de intensos ataques, e acreditamos que a medida é mais um exemplo da continuidade do golpe, que vem retirando direitos dos trabalhadores.