Juntamente com os metroviários de São Paulo, o Movimento Passe Livre (MPL) entregou no dia 6, uma carta aberta à população paulistana em que denuncia o esquema de corrupção do PSDB com um cartel de 18 grandes transnacionais.
Segundo o documento, foram desviados um montante de, no mínimo, R$ 425 milhões das obras do Metrô e da Companhia Paulista de Transportes Metropolitano (CPTM). Contra o ‘propinoduto tucano’, uma manifestação já está marcada para o dia 14 de agosto em São Paulo.
A informação sobre o cartel surgiu a partir do acordo assinado pela transnacional Siemens com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pelo qual a empresa alemã pode se beneficiar de imunidade civil e criminal relativa à sua participação no cartel.
O esquema, segundo a denúncia, estaria em operação desde 1997, quando Mário Covas (PSDB) era o governador de São Paulo. E teria continuado durante as gestões de Geraldo Alckmin (2001-2006) e também no primeiro ano do governo de José Serra (2007). A ideia era formar um consórcio único para vencer licitações e depois subcontratar as empresas perdedoras, o que acabou acontecendo.
Na carta, os movimentos esclarecem que, caso esse dinheiro não fosse desviado, daria para, por exemplo, ampliar a rede metroviária e ferroviária, além de reduzir as falhas, paradas técnicas e acidentes.
A redução da tarifa, rumo à tarifa zero, bandeira principal do MPL, também poderia ser implementada, se não houvesse o esquema de corrupção, que já dura duas décadas.
O protesto acontecerá a partir das 15h no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista. Dezenas de movimentos assinaram a carta, entre eles o Periferia Ativa, Luta popular e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto.
Fonte: Jornal Brasil de Fato
Foto: MPL-SP.