Notícias

Mais Metrô, público, estatal e de qualidade

28.08.15 São Paulo Tags:,

Confira o manifesto Mais Metrô, público, estatal e de qualidade! Não a privatização do Metrô! Tirem as mãos da linha 5!”

A Fenametro participa e apoia esta luta!

Mais Metrô, público, estatal e de qualidade

Não a privatização do Metrô!

Tirem as mãos da linha 5!”

No dia 21 de julho, o governador Geraldo Alckmin anunciou a intenção de privatizar a linha 5 – Lilás do metrô de São Paulo. Seu projeto é conceder o trecho que já está em operação, que liga as estações Adolfo Pinheiro a Capão Redondo, e também as estações que estão em obras (extensão da linha 5 até Chácara Klabin) e as estações que ainda são projeto, que liga a mesma linha até o Jardim Ângela.

Seu projeto de transformar o transporte público em uma responsabilidade exclusiva da iniciativa privada não é novidade. A lenta expansão que realiza do sistema metroviário se desenvolve sob essa lógica: a linha 4 – Amarela nasceu com operação privada, através de uma parceria público privada e a futura linha 6, que liga estação São Joaquim até a Brasilândia também é feita sob esse regime.

A privatização do metrô significa diminuição da qualidade do serviço, mais superlotação, tarifas mais altas, mais acidentes, precarização e redução dos postos de trabalho. Com isso, perdem os mais de 5 milhões de usuários que utilizam o Metrô e os trabalhadores desta empresa estatal. Em contrapartida, ganham os empresários que não tem nenhum comprometimento com a oferta de um transporte público de qualidade, e a altura da demanda que a população de São Paulo necessita.

De 10 anos para cá, desde a inauguração da linha 4 – Amarela, é possível observar a diferença no serviço. Menos trens são oferecidos, mais insegurança no sistema, uma vez que há muito menos funcionários e os trens circulam sem operador, as condições de trabalho dos funcionários da Via Quatro são péssimas, além de baixos salários e poucos direitos. A experiência de privatização do metrô do Rio de Janeiro também revela os males da privatização: a qualidade piorou muito, os postos de trabalho foram reduzidos, é a tarifa mais alta do país e o restrito objetivo de lucrar com a oferta do transporte para a população proporciona situações como o recente e absurdo caso do trem que passou por cima de um trabalhador que caiu na via.

 

O aumento abusivo das tarifas está relacionado com a privatização e a falta de investimento no transporte público. O transporte rodoviário foi tomado pelas empresas de ônibus e a privatização da antiga CMTC proporcionou aumentos que ultrapassaram as taxas de inflação. Se os sucessivos aumentos fossem correspondentes à inflação, as tarifas hoje, não chegariam nem a 2 reais. Nas empresas estatais, como o metrô, o aumento da tarifa é justificado pela falta de investimento de dinheiro público. Em lugar de ampliar o investimento, o governador quer privatizar também o metrô.

Somado a tudo isso, atentamos para o fato de que quase os processos de concessão estiveram relacionados com algum grande esquema de corrupção. A linha 6 foi concedida para a Odebrecht, cujo presidente encontra-se na cadeia por conclusões iniciais da investigação da operação Lava Jato; O mesmo senhor envolveu-se no cartel de cimento das obras da linha 5, que ficaram mais de 1000 dias paradas. As empreiteiras envolvidas nas obras das novas estações da linha 4, como Isolux, Corsán e Corviam também estão envolvidas no escândalo da operação Lava Jato.

A relação das empreiteiras com a própria Companhia do Metropolitano, o Metrô, também sofre investigação a partir de denúncia do Ministério Público de suspeita de superfaturamento nas obras de modernização e compras de trens. Isso envolve empresários, dirigentes de estatais, e também políticos que participaram dos sucessivos governos do PSDB. Além disso, 56% dos recursos de campanha do governador Geraldo Alckmin vieram das empresas envolvidas no esquema de cartel do Metrô e algumas delas também são investigadas pela Lava Jato.

Disso, concluímos que os objetivos da privatização são piorar o já insuficiente transporte público para a população e entregar o patrimônio do povo para empresários e políticos corruptos. Não vamos deixar isso acontecer. As entidades reunidas no Sindicato dos Metroviários em 11 de agosto se uniram para fazer uma grande campanha contra a privatização do metrô, e busca envolver a população da cidade que o utiliza, para que façamos uma união entre os trabalhadores metroviários e toda a população em defesa de um metrô estatal, público, gratuito e de qualidade.

A privatização da Linha 5 não vai passar!

No dia 1o de setembro, a partir das 17h, realizaremos uma manifestação na estação Capão Redondo, com a participação de metroviários e metroviárias, além de diversas entidades e movimentos solidários e comprometidos com esta luta.

Veja também  Audiência denuncia privatização do metrô e forma alianças para enfrentá-la

Assinam este manifesto:

Comitê de Luta contra a privatização do Metrô

Sindicato dos Metroviários de São Paulo

Sindicato Central do Brasil

Sindicato dos Motoristas de São Paulo

FENAMETRO

Sindmetrô RS

Sindmetrô MG

Sindmetro PE

Sindmetrô DF

Sindmetrô PI

SIMERJ (Metrô RJ)

Sindmetrô RN

Sindmetrô CE

SINTUSP

Subsede Apeoesp São Miguel

Subsede Apeoesp Santo Amaro

Oposição Alternativa: Sinpeem e Sinteps

SINTAEMA

Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região

Sindicato do Petroleiros do Litoral Paulista

SindSaúde SP

Sindicato dos Radialistas de São Paulo

Sintajud

Sindsef

SINSPREV

Sindicato dos Químicos de São José dos Campos

Sindicato dos Químicos Unificados Campinas, Osasco e Vinhedo

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logistica/CUT

CSP Conlutas

CUT

CTB

Central Sindical UST

Unidos pra Lutar

Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

Unidade Classista

MTST

Periferia Ativa

Luta Popular

Fórum das Pastorais Sociais

Movimento Passe Livre – MPL

Movimento Nós da Sul

Ocupação Jardim da União

Ocupação Terra Prometida

Ocupação Plínio Resiste

Ocupação Nova Palestina

Associações Defesa da Moradia Cocaia

Luta do Transporte no Extremo Sul

CEDECA

Café Filosófico da Periferia

União Municipal dos Estudantes Secundaristas – UMES

Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre ANEL

Juventude Unidos pra Lutar

RUA- Juventude Anticapitalista

Juntos

Rede Emancipa

Coletivo Baobá

Frente de Cursinhos Populares de São Paulo

Grêmio Lineu Prestes

Grêmio Leopoldo

Coletivo Estudantil Grito do Povão- UniÍtalo

CAS Unisa

Movimento Mulheres em Luta

Grupo Pão e Rosas

Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe

Setorial LGBTT CSP Conlutas

Alternativa Metroviária – CSP Conlutas

Unidade e Luta Metroviária

Coletivo Ação Metroviária

Atitude Metroviária  – CUT

Metroviários pela Base

Movimento Luta de Classes

PSTU

PSOL

PCB

PT

PC do B

MRT

Unidade Popular pelo Socialismo – UP

Consulta Popular

Refundação Comunista