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Geraldo Alckmin demite metroviários no dia do Natal

24.12.14 São Paulo

 

Há alguns meses a maioria dos metroviário ilegalmente demitidos como punição ao exercício regular de seu direito de greve foram reintegrados.
A Justiça do Trabalho está em recesso. No dia 19, último dia de expediente antes do recesso forense, o Metrô conseguiu derrubar a liminar. A decisão só será publicada quando do fim do recesso, em janeiro. No entanto, estranhamente, o Metrô tomou ciência da decisão para concretizar demissão destes trabalhadores na manhã do dia 24 de dezembro. Justamente na véspera do natal, quando o a área de Recursos Humanos trabalha por duas ou três horas que eles realizam a demissão.

 

 

    É uma postura típica de regimes autoritários : submeter dezenas de mães e pais de família uma tortura psicológica, justo no momento em que querem ficar tranquilos com seus familiares e amigos . Pretendem criar um clima de terror na empresa para atacar os direitos da categoria e impedir que as entidades representativas dos trabalhadores continuem colaborando no Ministério Publico Estadual com as investigações da máfia, apelidada de cartel, responsável por corrupção bilionária que manda e desmanda no Metrô.

    Mas Alckmim e seus prepostos no Metrô não conhecem a firmeza da categoria. Veja a mensagem divulgada nas redes sociais por um dos companheiros quando foi informado de sua demissão: “ Meu natal não será ruim apesar da tentativa da empresa e do Alckmin de tentar estragar minha e nossas festas, não vão conseguir , pois quem tem tantos amigos e apoiadores não pode ficar cabisbaixo ou chateado . Meu natal será ótimo . Com certeza tenho mais amigo do que “nosso” governador, com certeza tenho mais orgulho de minhas atitudes do que ele e dos diretores de nossa empresa. Não me arrependo de nenhuma atitude tomada. Espero que não fiquemos recuados ou com medo, tiremos animo e mais coragem diante de atitudes covardes e que o Natal de todos os metroviários seja ótimo e com muita convicção de que quem luta não esta errado e mesmo prejudicado ainda fica de pé com mais garra e determinação”.

    Esta atitude do governador só faz crescer a solidariedade da categoria e do movimento sindical e popular com os metroviários arbitrariamente demitidos. Não tem arrego. Ninguém fica para trás.

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