EM AUDIÊNCIA NO TRT/SP GOVERNADOR SEGUE SEM NEGOCIAR COM CATEGORIA. GREVE DIA 05!
02.06.14 São PauloEm audiência de negociação nessa segunda-feira (2/6), Metrô e governo estadual dificultam o diálogo com os trabalhadores rejeitando as reivindicações sem ter nenhum avanço.
Após a Assembleia do dia 27 de maio, onde foi deliberada greve no dia 5 de junho, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) convocou as partes para negociar (incluindo a presença do secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Ferreira) em agendas que aconteceram no dia 30/5 e 2/6, porém em nada progrediu na pauta.
Estão totalmente paralisadas as demandas que os metroviários propõe como meta nas negociações, assim como em reajuste salarial, periculosidade, plano de carreira, equiparação salarial entre outras.
No próximo dia 4 de junho haverá mais uma reunião no TRT e, às 18h30 do mesmo dia, uma Assembleia decisiva da categoria para definir os rumos da mobilização.
METRÔ NEGA A LIBERAÇÃO DE CATRACA PARA A POPULAÇÃO
Em comunicado enviado ao Sindicato, a diretoria do Metrô negou o desafio feito pelos metroviários de liberar gratuitamente as passagens no lugar da paralisação. O principal argumento é que isso “resultaria em disposição dos bens de patrimônio de sociedade e economia mista e prejuízo ao erário do Estado” (anexo).
Essa seria uma alternativa para realizarmos manifestação dos metroviários insatisfeitos com as propostas da empresa e do governo, e também de beneficiar os usuários com transporte gratuito e garantindo a operação no dia marcado para a greve.
No dia 25 de outubro do ano passado, o Metrô liberou as catracas após um problema que afetou o sistema do bilhete único¹. Em 2010, um mês inteiro os usuários tiveram acesso sem cobrança de tarifa na Linha 4-Amarela².
Vemos isso como uma forma de pressão e criminalização dos trabalhadores organizados e individualmente as iniciativas em parceria com a população. Enquanto isso, empresa e governo estão mais preocupados com as perdas de lucro. Ainda assim, estamos dispostos a negociar por melhores condições dos transportes para todos.
SINDICATO CONVOCA CATEGORIA A NÃO PARTICIPAR DO PLANO DE CONTINGÊNCIA
SLs e pessoal do administrativo sofrem pressão da empresa para participar do Plano de Contingência. É preciso resistir e participar da Campanha Salarial de forma unida. Plano de Contingência é desvio de função, portanto é ilegal. Não faça parte dessa iniciativa para dividir a categoria
Com o indicativo de greve para 5 de junho, a empresa está pressionando os SLs e os trabalhadores da Administração a participar dos treinamentos para o Plano de Contingência e a trabalhar no dia da paralisação.
Em primeiro lugar é preciso lembrar que os antigos SLs participavam ativamente das Campanhas Salariais, inclusive das greves. A empresa tenta mudar essa tradição por meio da cooptação, indicando funcionários aliados para esses cargos, passando a ideia de que estes são “cargos de confiança”.
Com a nova realidade, onde houve concursos externos e mais recentemente um interno, está claro que esses cargos são de carreira e não de confiança. Não há lógica em dizer que são chefes. Pois assim, OTM2 seria chefe de OTM1 e OTM4 seria chefe de OTM3, o que não é real. Assim como todos os trabalhadores, os SLs têm os mesmos direitos, inclusive de greve e mobilizações nas Campanhas Salariais.
Em 2012, alguns SLs fizeram greve e não foram punidos. Em 2013, alguns SLs se organizaram pela Equiparação Salarial. E agora, em 2014, alguns SLs estão retirando o uniforme, alguns SLs se recusaram a fazer hora extra, Operação Plataforma e Embarque Preferencial e alguns SSEs estão com o colete da Campanha
Administrativo
Para desmascarar o argumento de que o pessoal da Administração cumpre o Plano de Contingência por livre vontade, foi elaborado um abaixo-assinado que já conta com mais de cem assinaturas afirmando categoricamente que os trabalhadores administrativos não querem trabalhar nas estações em dia de greve ou manifestações.
Para não ter dúvida, todos do CCO e CCS estão de colete, participando da Campanha Salarial.
Os trabalhadores devem se manter firmes e sempre denunciar qualquer tipo de assédio e abuso de poder para que o Sindicato possa atuar com firmeza.
Vamos fazer uma Campanha Unida, com mobilização total!