Um Ato Público pelo Direito de Greve, realizado no dia 25 de junho, lotou a Sala do Estudante do Largo São Francisco, em São Paulo. Sindicalistas, estudantes, representantes de partidos políticos e movimentos populares prestigiaram o ato, que promete ser o primeiro de muitos em defesa da liberdade e autonomia sindical no País.
Foto: Herculano Falcão/Sindicato Metroviários de SP
O evento teve como convidados Francisco Gérson Marques de Lima, procurador regional do trabalho do Ceará, e Jorge Souto Maior, professor de Direito da USP.
“A greve, principal meio de atuação dos trabalhadores, está sendo combatida de forma criminal”, declarou Francisco Gérson, que também é professor e membro do Conalis (Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical). Para ele, atos pela liberdade sindical são extremamente necessários, diante dos ataques patronais e da imprensa, e devem ser realizados com mais frequência pelo País.
Jorge Souto Maior ressaltou que a mídia tem desempenhado um papel altamente nocivo às greves. “No Brasil, toda vez que uma greve de trabalhadores se anuncia, a grande mídia se adianta para falar dos prejuízos que ela pode gerar. Realiza-se uma forte campanha para construir uma avaliação negativa do movimento e de seus líderes”, afirmou Souto Maior. “A criminalização da greve é o encarceramento da democracia”, declarou o professor.
Também participaram da mesa que dirigiu o ato público Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Luiz Carlos Prates, o Mancha (CSP-Conlutas), Waldemar Rossi (Pastoral Operária), Talitta Câncio (Anel – Assembleia Nacional de Estudantes Livre), Paulo Pasin (Fenametro), Ricardo Gebrim (Sindicato dos Advogados de São Paulo) e Altino de Melo Prazeres Júnior (Sindicato dos Metroviários de São Paulo).