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Federação Nacional dos Metroviários apoia a greve dos ferroviários da CPTM

13.06.13 São Paulo

Com data base em março, os trabalhadores das linhas 8, 9, 11 e 12 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos estão greve. A intransigência do  governador Geraldo Alckmin  empurrou os trabalhadores para a greve, pois estão a mais de três meses esperando uma proposta de acordo coletivo que valorize estes profissionais de um sistema de transporte vital para a cidade de São Paulo.  A CPTM e o Metrô transportam por dia mais de 7 milhões de usuários graças ao profissionalismo e esforço dos trabalhadores do setor. Uma vez que o sistema está saturado em função do fracasso da política de expansão e modernização do atual governo.

 Mãos ao alto R$3,20 é um assalto

Como se não bastasse o sufoco que a população passa diariamente no transporte sobre trilhos de São Paulo, o governo ainda aumentou a tarifa de forma abusiva. O reajuste está muito acima da inflação acumulada. Em 1995, a passagem do metrô e trens custavam R$ 0,80. Se fosse corrigida pela inflação do período, teria de ser hoje de R$ 1,97. Os usuários estão sendo lesados em R$ 1,23!

O mesmo  governo que reajusta a tarifa, arrocha os salários dos trabalhadores e obteve recentemente a ampliação da desoneração fiscal. A presidenta Dilma Roussef isentou o setor de transportes de pagar o PIS e Cofins (Contribuição Financeira para a Seguridade) a partir de 1º de junho de 2013, o valor representa uma redução de 3,65% para o cofre das empresas. Além disso, soma-se à mudança no cálculo da contribuição patronal para a previdência social. Mudança que livra as empresas  de pagar os 20% sobre a folha ao INSS, em troca de uma alíquota sobre o faturamento que oscila entre 1% e 2%. Medida que tem impacto direto na arrecadação da seguridade social ( saúde e  Previdência Social ).

Veja também  Incêndio na operação da CPTM em São Paulo deixou cidade sem trens, no sábado (6/4)

Metroviários de Recife também farão greve no dia 14

Em todo país se discute mobilidade urbana, mas não se leva em conta às condições de vida e trabalho  dos funcionários que garantem o funcionamento do sistema. Por isso, no dia de hoje temos greve na CPTM em São Paulo, manifestação dos metroviários de Porto Alegre e Assembleias decisivas em Recife, Belo Horizonte, Maceio, Natal e João Pessoa. Somos metroferroviários lutando pelos nossos direitos e por um transporte de qualidade com redução social.