Os pais do adolescente Valter Ferreira dos Santos Filho, de 15 anos, que morreu eletrocutado na estação Pavuna do metrô no dia 9 de fevereiro, alegam que a concessionária não prestou qualquer assistência à família até a tarde da última segunda-feira (25) e que vão à Justiça contra a empresa.
De acordo com o advogado Fernando Townsend, a MetrôRio não pode se redimir da responsabilidade, já que testemunhas afirmam que havia um fio desencapado no local onde ocorreu o acidente, o que teria provocado uma descarga elétrica no adolescente.
– Tentamos fazer um acordo com a MetrôRio, mas todas as tentativas foram em vão. A empresa não se manifestou, não ofereceu qualquer proposta ou qualquer tipo de apoio à família. Sendo assim, estou reunindo elementos para entrar com uma ação contra a concessionária.
Testemunhas disseram que o acidente ocorreu por volta das 23h30 e, somente à 0h10, a vítima foi levada ao hospital, dando entrada no Getúlio Vargas à 0h30. Para o advogado, o procedimento adotado pelos funcionários do metrô foi equivocado.
– Eu achei estranho o fato de o metrô prestar atendimento tão tardio e sem se preocupar, primeiramente, com a estabilização da vítima.
O acidente ocorreu na noite de sábado de Carnaval, quando Valter voltava para casa depois de brincar em um bloco de rua na zona sul do Rio. Segundo o amigo Thiago, que testemunhou a morte, o jovem prendeu o pé entre o trem e a plataforma e encostou em fios desencapados.
Em nota, o MetrôRio informou que o adolescente tentou reembarcar indevidamente no trem pela porta de desembarque e se desequilibrou, entrando em contato com o terceiro trilho energizado. Segundo a concessionária, em menos de dois minutos, a vítima recebeu os primeiros socorros pela equipe do metrô, e, em seguida, foi levado com vida ao Hospital Getúlio Vargas. Também em nota, a MetrôRio disse que lamenta o incidente e ofereceu à família toda a assistência necessária.