Redação
Cesare Battisti, escritor italiano e ex militante do grupo PAC (“Proletários Armados pelo Comunismo”, durante o período que ficou conhecido como “anos de chumbo” na década de 70), é perseguido político do governo italiano. Cesare em 1987 foi julgado e condenado a prisão perpétua, com restrição a luz solar.
Em 2010, conseguiu asilo político no Brasil, que está agora ameaçado, pois após o golpe parlamentar /jurídico/midiático aumentaram as pressões da embaixada italiana ao governo Temer, cujo objetivo é revogar o decreto que garante sua permanência com vida no Brasil. Vários ministros do governo já se posicionaram favoráveis a sua extradição.
No último dia 13 de outubro, o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Fux, suspendeu a possível decisão do presidente Michel Temer de extraditar Cesare Battisti para a Itália até que seja julgado o mérito do pedido de habeas corpus feito pela sua defesa. O julgamento foi marcado para o dia 24 de outubro, próxima terça-feira.
A extradição de Cesare Battisti é um enorme ataque aos direitos democráticos. Primeiro, porque desrespeita as leis de soberania nacional, que só permitem a revogação do decreto que garante o asilo político até 5 anos de vigência, e já se passaram 7. Depois, porque extraditar Cesare na prática significa atestar sua sentença de morte, pois até o ex ministro da defesa da Itália, Ignazio La Russa, prometeu “torturar Battisti com suas próprias mãos”.
Diante disso centenas de sindicatos, movimentos e entidades organizadas da sociedade civil, articulam uma petição pública, lançada no recente 3° Congresso da CSP- Conlutas, em defesa de Battisti, que será entregue aos ministros na segunda-feira.
A Fenametro se junta a essa campanha e é contra a extradição de Cesare Batisti. Estamos divulgando a petição online (Assine esta petição no link https://goo.gl/NPFEak) no nosso site e na nossa página no Facebook.