Nesta Dia Internacional de Luta das Mulheres, o 8 de março, milhões de brasileiras irão as ruas reivindicar seus direitos. Os temas presentes nas diversas manifestações previstas no país são um basta à violência contra a mulher, o repúdio à reforma da previdência e a necessidade da legalização do aborto.
Em alguns locais as mulheres farão parte de campanhas internacionais como o “Ni Una a Menos”, convocação das mulheres argentinas e o chamado de uma “Greve Internacional de Mulheres”, feito pela americanas.
Hoje no Brasil a cada 7 minutos uma mulher sofre violência física, sexual ou psicológica, 13 mulheres são assassinadas por dia e houve um aumento de 54% no homicídio de mulheres negras nos últimos 10 anos. Cerca de 70% dos estupros de mulheres são cometidos por parentes, namorados, amigos ou conhecidos da vítima a cada dois dias uma mulher morre em decorrência de aborto realizado em condições inseguras.
Dados alarmantes como estes se tornam ainda mais preocupantes em uma conjuntura de retirada de direitos e retrocessos. As propostas de reforma da previdência e reforma trabalhista, que já são prejudiciais à população, serão ainda piores para as mulheres.
Colocada pelo governo Temer como solução para crise econômica, a Reforma da Previdência trará diversos prejuízos para as mulheres, em especial as negras e camponesas. Hoje há uma diferenciação no tempo de contribuição de homens e mulheres – 5 anos a menos para as mulheres – por um reconhecimento histórico de que as mulheres tem uma dupla jornada, já que arcam com grande parte do trabalho doméstico.
De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, do IBGE, mulheres trabalham por semana em média 5h a mais que os homens. Hoje as mulheres trabalham 35,5 horas fora de casa e 21h12 dentro de casa, enquanto os homens trabalham 41h36m fora de casa e 10h dentro de casa.
Outra proposta que o governo tenta aprovar a todo custo é a Reforma Trabalhista. Em um páis em que as mulheres ocupam os postos mais precarizados de trabalho e recebem 30% a menos que os homens ela trará resultados catastróficos. Temer quer retirar direitos conquistados com muita luta, como a CLT, e pode mudar o 13º salário, as férias, o auxílio-creche e no FGTS.
A Fenametro irá construir as manifestações do 8 de março e apoia as iniciativas de seus Sindicatos. Confira em nosso site as atividades que serão realizadas em cada Sindicato e os procure para conferir a manifestação em que poderá estar presente.