Em campanha salarial, os metroviários do Rio de Janeiro estão enfrentando fortes ataques. A MetrôRio, empresa que administra o metrô carioca – que desde a década de 1990 é privatizado – está impondo mudanças de acordo com a nova Reforma Trabalhista e fazendo ataques contra a liberdade de organização sindical.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metroviários do Rio de Janeiro (Simerj), Elias José Alfredo, a empresa impos um nova escala de trabalho, de 13h por dia, com 43 dias de trabalho interrupto.
A MetrôRio também propos um aumento na jornada dos condutores, de 6h para 7h20, e ambas as propostas resultariam em diversas demissões.
Como o Simerj e a Fenametro já vem denunciando, o metrô carioca já sofre com a falta de funcionários, o que precariza o trabalho da categoria e coloca a população em risco.
Proposta da empresa é derrotada
Após 12 reuniões de negociação com a empresa, os metroviários realizaram uma votação sobre a proposta da MetrôRio, que foi rejeitada pela categoria.
Com a decisão, a empresa suspendeu as negociações e iniciou uma retaliação a diretoria do Sindicato e um grande assédio moral sobre os trabalhadores para aceitarem as mudanças na escala.
Os diretores do Sindicato tiveram seu acesso as áreas da manutenção, operação e administração impedido, e 7 diretores que são liberados para cumprir a função sindical foram obrigados a retornar para o trabalho.
A Fenametro repudia a medida da MetrôRio de cerceamento da liberdade sindical, e reafirma sua defesa da liberdade de organização dos trabalhadores.
Na RioTrilhos, campanha segue
A campanha ainda continua na RioTrilhos, empresa estatal ainda existe, faltando uma rodada de negociação.