Metroviários de Buenos Aires, Argentina, fizeram nesta terça-feira, 1 de agosto, uma paralisação de duas horas. As linhas B e C, do metrô da capital ficaram paradas das 5h às 7h. A medida faz parte das lutas da campanha salarial, com paralisações rotativas, que já ocorreram nas linha A e H na quinta-feira, 27, e as linhas D, E e Pm na segunda-feira,31.
Na Argentina, assim como o Brasil, o governo e as empresas tentam descontar nos trabalhadores os efeitos de sua crise econômica, com propostas salariais que não cobrem nem a de perto a inflação.
Além disso, a empresa já adiantou que considera a greve ilegal e irá a justiça. A Fenametro apoia a luta dos metroviários argentinos e presta sua solidariedade internacional!
Metrô argentino é privatizado
Na Argentina, a privatização já chegou há mais de duas décadasm em 1994, e levou o metrô de Buenos Aires a uma situação muito precária. Em entrevista à Fenametro, durante o Encontro Internacional de Trabalhadores e Trabalhadoras do Transporte contra a Privatização, em 2016, Roberto Pianelli, secretario geral do Sindicato del Subte, relembra o discurso utilizado na época sobre as vantagens da privatização. “Diziam que com a privatização teríamos uma empresa mais eficiente, com mais segurança, com alta tecnologia”, conta.
Privatizado em 1994, em uma década de intensas privatizações no mundo, especialmente na América latina, o metrô não recebeu nenhuma das vantagens prometidas. “E 20 anos depois a empresa não trouxe nenhum elemento de tecnologia novo, continuou com os mesmos trens, com uma frota que tem em média 60 anos”, complementa Pianelli.