A categoria metroferroviária participou nesta quinta-feira, 14, de diversas manifestações no Brasil para retomar as mobilizações e impedir a implementação da reforma Trabalhista e da lei da Terceirização, além de garantir a luta contra a reforma da Previdência.
No Rio Grande do Sul, os metroviários participaram de uma forte manifestação na estação Mercado da Trensurb, no final da tarde. Com a participação do movimento sindical, social e de juventude, o protesto liberou as catracas da maior estação da linha do trem metropolitano por aproximadamente uma hora. Quatro mil cartas abertas denunciando os ataques do governo Temer contra os trabalhadores foram entregues aos passageiros.
Entre as denúncias apresentadas encontram-se a reforma da previdência, que em caso de aprovação, impedirá a aposentadoria dos trabalhadores, e a pretendida privatização da Trensurb. A entrega da empresa para a iniciativa privada trará enormes prejuízos aos usuários, como a perda na qualidade do serviço e o aumento da tarifa, e aos funcionários, que terão os salários ainda mais achatados e os seus empregos ameaçados.
O dia de protestos começou com a distribuição da Carta Aberta, no início da manhã, nas estações Canoas, Sapucaia e São Leopoldo, três estações que também concentram um grande volume de passageiros, a maioria formada por trabalhadores e estudantes.
Em São Paulo, a categoria participou de uma manifestação no centro da cidade, pela manhã, com a presença de diversas Centrais Sindicais, Sindicatos e movimentos sociais. O presidente da Fenametro, Celso Borba, esteve presente e destacou o apoio da categoria a esta luta. “Os metroviários fortalecem a luta neste dia em nível nacional, realizando vários protestos e, no nosso caso, mais especificamente contra a privatização. E pra nós, lutar contra as reformas do Temer, é lutar contra os governos estaduais que querem privatizar o metrô”, disse.
Para Celso, é necessário o enfrentamento ao governo Temer, e a convocação de uma nova greve geral. “Hoje quem mais ganha nesse país, são os banqueiros e as construtoras. E esses mesmos banqueiros tiveram mais de 30 bilhões em dívida perdoados pelo governo Temer. Como pode dizer que o governo não tem dinheiro, mas pode perdoar uma quantia dessa de dinheiro? Como pode um ex-ministro do governo ter em sua casa uma mala com mais de 50 milhões? Nós não podemos aceitar isso. A Fenametro e o Sindicato, em suas direções, defendem uma nova greve geral, de 24 horas, não só para derrubar Temer, mas também para derrubar essa política entreguista dos direitos dos trabalhadores”, afirmou.