A direção do Metrô de São Paulo demitiu nesta terça-feira, 23, mais 2 funcionários arbitrariamente. Os seguranças Romeu e Gaspar foram demitidos sob acusação de quebra de confiança por suposto falso testemunho em um processo. Ambos se somam a outros dois companheiros também demitidos recentemente, Almir Coqueiro e Lupércio, com alegações semelhantes.
A Fenametro acredita que estas demissões são arbitrárias, e tem como objetivo intimidar os trabalhadores para que não reivindiquem seus direitos. O Metrô ataca um direito constitucional, que garante o acesso de todo cidadão a buscar seus direitos no sistema judiciário.
Esta não é uma prática nova do Metrô. Em 2003, a companhia foi obrigada pelo Ministério Público do Trabalho a assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) após um inquérito que concluiu que o Metrô obrigava seus funcionários a retirarem processos judiciais para que pudessem ser promovidos, ferindo o art.5º, inciso XXXV, da Constituição Federal. Hoje a direção do Metrô repete esta prática de retaliação aos trabalhadores de maneira mais drástica.
Enquanto o Metrô demite, a categoria está em campanha para contração de funcionários, dado o atual quadro deficitário, e que já é sentido pela população.
Luta dos metroviários
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo realizou nesta quarta-feira, 24, uma assembleia para deliberar ações pela reintegração dos companheiros, e mesmo em período eleitoral, com cincos chapas com propostas distintas, aprovou ações unificadas e por consenso. A ação deve ser exemplo para o meio sindical.