A tarifa do Metrô do Rio de Janeiro sofrerá um novo reajuste a partir de abril. O valor atual, de R$ 3,70, que já era o mais caro de todo país, passará para R$ 4,10. Privatizado desde a década de 1990, o MetrôRio não só cobra a tarifa mais alta aos usuários como também paga o menor salário do país aos metroviários.
A variação, calculada de acordo com o IGM-P (Índice Geral de Preços do Mercado), foi de 10,95%. O aumento deste ano é 6% maior do que o de 2015. Em janeiro, bancada pela prefeito Eduardo Paes (PMDB), a tarifa de ônibus subiu de R$ 3,40 para R$ 3,80, um acréscimo de 11,7%.
Já no mês de fevereiro entraram em vigor as novas tarifas de barcas e trens, que passaram de R$ 5 para R$ 5,60 e de R$ 3,30 para R$ 3,70, respectivamente. As passagens dos coletivos intermunicipais também aumentaram no mesmo mês, passando de R$ 5,90 para R$ 6,50.
Para a Fenametro, o aumento da tarifa elitiza o transporte, dificulta o seu acesso e prejudica a população. O lucro obtido não é revertido em melhorias no sistema, e por isso, a Federação, que está em luta contra a privatização dos metrôs no Brasil, acredita que quanto maior a tarifa, mais atrativa se torna a concessão do metrô para a privatização.
O metrô carioca é um grande exemplo dos resultados da privatização. Desde que foi privatizado só trouxe prejuízos para a categoria e para a população, que sofrem com um sistema sucateado e com poucos funcionários.