O dia 25 de novembro é o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, data de luta de mulheres de todo o mundo. No Brasil, uma mulher sofre violência a cada 7 minutos e no último ano houve 44% de aumento nos casos registrados.
Vivemos hoje uma conjuntura de avanço do conservadorismo, crise e recessão econômica. Somado a isso temos um governo federal que extingue Secretarias, corta verbas e políticas públicas voltadas ao atendimento e proteção às mulheres.
Em situações de crise as mulheres são as mais prejudicadas, já que ganham em média 30% a menos que os homens e tem os empregos mais precarizados. No Brasil isto pode piorar, e por isso é fundamental que as mulheres se organizem.
Estão sendo discutidos na Câmara e no Senado projetos de lei que ampliam a terceirização, congelam gastos sociais por 20 anos e facilitam as privatizações. Além disso são preparadas grandes mudanças na legislação trabalhista e uma Reforma da Previdência, que irá prejudicar ainda mais as mulheres, que arcam como uma dupla e até tripla jornada.
Neste 25 de novembro vá às ruas em defesa dos direitos das mulheres. Lutemos pelo fim da violência e por uma vida livre de opressões.
Sobre a data
Em 1999 a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou o 25 de novembro como Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres para lembrar o assassinato das irmãs Mirabal (Minerva, Pátria e María Teresa), conhecidas como Las Mariposas. As irmãs, da República Dominicana, combateram a ditadura de Rafael Leónidas Trujillo, que ordeou seus assassinatos.
Anteriormente, no I Encontro Feminista Latino Americano e Caribenho, de 1981, em Bogotá, Colômbia, a data do assassinato das irmãs foi proposta para ser o dia LatinoAmericano e Caribenho de luta contra a violência contra as mulheres.