Anunciadas ainda no governo Dilma, as privatizações dos metrôs de São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte irão acontecer em ritmo acelerado. Este é um dos primeiros anúncios do governo Temer, que afirma que irá privatizar “tudo que for possível”.
Mas como estas privatizações irão afetar a vida da população? Por quais razões devemos ser contra? A Fenametro acredita que com a privatização dos transportes vem o aumento da tarifa, a redução do número de funcionários e uma piora na qualidade do serviço prestado.
Vale lembrar que diversas empresas públicas privatizadas foram vendidas a preços muito abaixo do que valiam. Iremos aceitar que o patrimônio público, custeado com os nosso impostos, seja vendido a preços mínimos e que encha o bolso dos empresários? Deixaremos que mais trabalhadores sejam demitidos quando temos uma crise que já deixa 10,4 milhões de desempregados?
Em São Paulo, Alckmin dá dinheiro público para a Linha 4, que é privada! Desde que a Linha 4-Amarela entrou em operação, o Metrô estatal apresenta déficit tarifário. Quando o dinheiro da tarifa é distribuído, a preferência de saque é da ViaQuatro (concessionária que administra a Linha 4). O Metrô recebe o restante.
Com o favorecimento do setor privado, o governo Alckmin provocou um desfalque de cerca de R$ 1,1 bilhão no metrô estatal (Linhas 1, 2, 3 e 5). Isso explica porque Alckmin quer privatizar todo o metrô.
Esse corte de verbas provoca o sucateamento do metrô estatal, que não contrata funcionários, e traz queda na qualidade do atendimento aos usuários. Alckmin prefere bancar o lucro dos grandes empresários da ViaQuatro.
A Fenametro e o Sindicato dos Metroviários estão em luta contra a privatização e convidam à população a se somar às mobilizações! Faremos nesta sexta-feira um dia nacional de luta contra a privatização! Por um metrô público, estatal e de qualidade! Rumo a tarifa zero!