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Em assembleia, metroviários do Piauí relatam dificuldades da categoria

29.09.16 Notícias, Piauí Tags:,

Os metroviários do Piauí realizaram nesta quarta-feira, 28, uma assembleia para debater as condições de trabalho da categoria. A Fenametro esteve presente na atividade, que contou com grande presença da categoria – 40 dos 62 funcionários da empresa.

Na assembleia foi informado que apenas neste mês se encerram as negociações do Acordo Salarial. O dissídio datava de janeiro, e o reajuste salarial acordado foi de 11,31%. Segundo o presidente do Sindicato dos Metroviários do Piauí, Daniel Nascimento, os atrasados serão pagos no próximo mês, e as horas extras, que não vinham sendo pagas há 3 meses serão paga parceladas.

As condições de trabalho do Metrô do Piauí são muito precárias. De acordo com os funcionários não há bebedouros e nem iluminação decente em nenhuma estação. Além disso em algumas estações não existem nem banheiros, o que torna impossível condições dignas de trabalho. Ainda de acordo com o presidente do Sindicato o Ministério Público multou a empresa e ordenou que fossem realizadas obras, que não foram feitas.

As dificuldades no Metrô não se restringem aos metroviários, mas chegam também aos usuários. Um exemplo é a ausência de ar-condicionado nos trens, que circulam em uma cidade com uma média de 38°C. Outra reclamação constante é o baixo número de funcionários,o que prejudica muito o atendimento a população.

Os metroviários encaminharam que o Sindicato fará um material explicativo (panfleto ou jornal) sobre o Acordo Salarial e as horas extras, além de circular pelo Metrô conversando com os funcionários para listar todos os problemas de cada posto de trabalho.

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O Sindicato irá também procurar outras empresas estaduais, para se informar sobre seus planos de carreira, para cobrar do Governo do Estado um plano para o Metro.

Após listar os problemas existentes, o Sindicato irá em até 15 dias entregar esta lista para o presidente do Metrô e para o Secretário de Administração, exigindo sua solução, um plano de carreira e a convocação imediata de concurso público.

Os diretores da Fenametro presentes, Celso Borba e Solange Chaves, ouviram os relatos da categoria e se dispuseram a colaborar na luta. Celso enfatizou que a Fenametro se coloca a disposição para o contribuir com o que for necessário, inclusive se dispondo a convocar e participar das reuniões com o presidente do Metrô e o Secretário de Administração.

A diretora Solange Chaves levou uma Cartilha de Mulheres produzida pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo e observou os relatos dos funcionários sobre diversas formas de preconceito.

Para Solange, todos trabalhadores fazem com que o Metrô funcione cotidianamente, desde a funcionária da limpeza ao mais graduado funcionário. Celso ainda acredita que o problemas do Piauí são semelhantes a outro Estados, onde se atacam direitos visando a privatização.