A categoria petroleira está mobilizada e prepara uma greve nacional contra a privatização da Petrobras. A empresa, que passa por um plano de desmonte, teve diversos de seus ativos vendidos no último período, o que também levou a demissão de diversos funcionários.

Ativos como campos do pré-sal, redes de gasodutos do Sudeste e Nordeste, termoelétricas, sondas de produção, usinas de biocombustíveis, distribuidoras de gás e além de participações no setor petroquímico já não pertencem mais a empresa.

Os Sindicatos e Federações da categoria lançaram na quarta-feira, 9, a campanha “O Petróleo é do Brasil”, para mobilizar a sociedade contra a privatização da empresa. A articulação foi coordenada pelas frentes parlamentares mistas em Defesa da Petrobrás e da Soberania Nacional, e já conta com organizações sindicais, movimentos sociais, entidades da saúde e educação, institutos técnicos e até representações religiosas, como a Comissão Brasileira de Justiça e Paz da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CBJP-CNBB).

A luta dos petroleiros não está isolada, e se soma a campanhas contra a privatização de metrôs e trens, além da defesa de empresas estatais, com Eletrobras, Correios, Embraer, CEDAE e Casa da Moeda.

A Fenametro apóia esta luta, e é contra a privatização da Petrobras. Assim como no caso da privatização de metrôs e trens, a privatização da Petrobras trará precarização do trabalho, demissões e prejuízos para população.

No que se refere a população, com a privatização, empresas estrangeiras poderão ter mais influência na determinação do preço da gasolina, por exemplo, do que o governo. Isso influenciará diretamente no preço de vários produtos, incluindo dos alimentos.

Além disso, o petróleo ainda é o principal responsável por geração enérgica no mundo, o que é importante para segurança energética do país e a soberania nacional.