Centrais Sindicais realizaram nesta terça-feira, 11, uma manifestação em frente à sede do Ministério do Trabalho, em São Paulo contra o fim da pasta.
No ínicio deste mês foi confirmado pelo futuro ministro da Casal Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), a extinção do Ministério.
A medida é mais um ataque do futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL) aos trabalhadores, e as atribuições da pasta serão dividas entre três ministérios.
Em sua campanha, Bolsonaro havia prometido a diminuição do número de ministérios, e por isso vem propondo a extinção de alguns e junção de outros.
O Ministério da Justiça e da Segurança Pública, comandado por Sérgio Moro será responsável pela concessão de cartas sindicais, o Ministério da Cidadania, de Osmar Terra (MDB) das questões do trabalho sobre economia solidária egeração de emprego e renda, e já o Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes, terá responsabilidade pelas áreas de políticas públicas de emprego e fiscalização, assim como o FGTS.
O fim do Ministério trará prejuízos aos trabalhadores, dado que não há certeza da prioridade dada as funções exercidas pela pasta, especialmente em relação a fiscalização das condições de trabalho, que já se encontra precarizada e será mais necessária frente o aumento do trabalho informal, da terceirização e dos já existentes casos de trabalho escravo.
Repudiamos a extinsão do Ministério e alertamos a categoria metroferroviária e os trabalhadores e trabalhadoras em geral que em sua campanha Bolsonaro propôs também a criação de uma carteira verde amarela, sem direitos trabalhistas, e vem prometendo uma redução de direitos maior que a já ocorrida com a Reforma Trabalhista. Bolsonaro também anunciou que fará uma Reforma da Previdência, medida que todos devem se mobilizar para combater.