Organizado por diversas Centrais Sindicais, o dia 10 de novembro será um dia de luta dos trabalhadores. Greves, paralisações e manifestações acontecerão em todo país para impedir a implementação da reforma Trabalhista, que passa a valer no próximo dia 11. A data também marca a luta contra a lei da Terceirização e a reforma da Previdência.
Os metroferroviários farão parte desta mobilização. A Fenametro deliberou em sua última reunião a participação nesta data, e o incentivo que seus sindicatos façam greves, paralisações e manifestações. Estaremos juntos na luta e na resistência contra os ataques das reformas e das privatizações.
Levaremos também a nossa bandeira, contra as privatizações, pois a privatização dos metrôs e trens ameaça a qualidade do serviço, impõe altas tarifas e traz demissões de funcionários. O governo Temer ampliou o pacote de privatizações e incluiu diversos portos e aeroportos, assim como a Casa da Moeda e da Eletrobras.
Precisamos novamente mostrar que não aceitaremos a retirada dos nossos direitos! Convidamos toda a população a aderir a esta luta. Participe das greves e das manifestações na sua cidade! Pelo Fora Temer e por nenhum direito a menos! Vamos barrar as Reformas!
Entenda a retirada de direitos da Reforma Trabalhista
O governo Temer (PMDB) aprovou no início de julho deste ano a Reforma Trabalhista, uma proposta de completo desmonte dos direitos dos trabalhadores brasileiros que passa a valer neste mês.
A Reforma é um retrocesso enorme, retira inúmeros direitos conquistados pelos trabalhadores e fere, inclusive, acordos internacionais firmados pelo Brasil. Confira os principais pontos da Reforma e entenda como ela afeta a sua vida. Não aceitaremos sua implementação!
“Negociado sobre legislado”
Um dos principais pontos da Reforma é a possibilidade das categorias negociarem acordos coletivos inferiores aos previstos na legislação. A medida reduzirá direitos ao fortalecer os patrões e enfraquecer o poder de negociação dos trabalhadores.
Oficializar “o bico”
Com a Reforma será regulamentado o trabalho intermitente, liberando o contrato por horas de trabalho. Na modalidade o trabalhador não tem nenhuma garantia, não é remunerado quando está inativo e pode ser convocado pelo patrão a qualquer momento.
Manutenção da terceirização
Na Reforma é mantida a terceirização irrestrita. De acordo com as estatísticas do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), 82% dos casos de trabalho análogo à escravidão encontrados em 20 anos de combate a esse tipo de crime eram de trabalhadores terceirizados.
Grávidas em ambiente insalubre
A proposta libera gestantes e lactantes para trabalhar em ambientes insalubres, o que hoje é expressamente proibido.
Dificuldade de acesso à Justiça do Trabalho
A Reforma limitará o acesso dos trabalhadores à Justiça do Trabalho, com mudanças como a diminuição do tempo para requerer seus direitos.