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Luiz Soares é eleito presidente da Fenametro e entidade reforça luta contra as privatizações e a extrema direita

14.02.25 Destaques, Geral Tags:, ,

A Fenametro realizou seu 9º Congresso entre os dias 7 e 9 de fevereiro de 2025, em São Paulo, em formato híbrido. Durante o evento, a entidade definiu estratégias de luta para o próximo período e renovou sua direção. O encontro reuniu delegadas e delegados de Alagoas, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Ao longo dos três dias de debates, foram discutidas a conjuntura nacional e internacional, a centralidade da luta contra as privatizações e a importância do combate às opressões dentro e fora da categoria metroferroviária. As mesas de discussão contaram com a participação de representantes de centrais sindicais como CTB, CUT, CSP-Conlutas e Intersindical, além de integrantes de partidos políticos, como PCdoB, PT, PSTU, PSOL e UP, e de sindicatos, movimentos sociais e organizações políticas.

Na tarde de sábado (8), delegadas e delegados se reuniram em grupos para debater as teses e propostas apresentadas. No domingo (9), a plenária final ocupou toda a programação do Congresso.

Entre os principais desafios apontados no encontro estão o avanço da extrema direita, a precarização do trabalho e a retirada de direitos. A luta contra as privatizações dos metrôs e ferrovias brasileiros também foi destacada como prioridade e será intensificada. Diante desse cenário, a Fenametro reafirmou seu compromisso em enfrentar a extrema direita e seu projeto, além de combater todas as tentativas de privatização.

Plano de lutas da Fenametro

No Congresso, a  Fenametro reafirmou seu compromisso com a defesa de uma CBTU, Trensurb e Metrô de São Paulo públicos, combatendo privatizações, concessões e terceirizações. Defendeu ainda a reestatização dos metrôs de Belo Horizonte e Rio de Janeiro, a reintegração dos trabalhadores demitidos e a luta pelo fim da escala 6×1. 

A categoria também apresentou as crescentes ameaças ao direito de greve, que inclusive implica em multas milionárias ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo. Além desta perseguição a organização sindical, muitos trabalhadores têm sofrido represálias por sua luta sindical, e ações para combater estas práticas serão intensificadas.

A Fenametro também se comprometeu com a luta das mulheres, participando de atos do 8 de março e defendendo a legalização do aborto, além do combate ao racismo e à LGBTfobia. A entidade seguirá mobilizada na defesa dos direitos da categoria metroferroviária e dos trabalhadores, da democracia e no enfrentamento às ameaças da extrema direita.

Eleição da nova diretoria

O Congresso também elegeu a nova diretoria da Federação, que estará à frente da entidade pelos próximos três anos. Duas chapas concorreram à direção, e a chapa “Unidade Metroviária para a Reconstrução da Fenametro”, com Luiz Soares, da CBTU-PE, como candidato à presidência, venceu com 51,11% dos votos. A chapa “Independência e Luta de Classes” recebeu 46,67%, enquanto duas pessoas se abstiveram da votação.

Em discurso após a vitória, Luiz Soares reforçou que irá buscar unidade entre os metroviários e metroviárias de todo país, e que a entidade fará a defesa contra a privatização da CBTU-PE e Trensurb, além de ações pelo retorno dos trabalhadores da CBTU-BH que foram demitidos.

Luiz Soares, novo presidente da Fenametro, faz discurso após sua eleição.