Publicações de todos os estados
Na última sexta-feira (23), o governo federal publicou o edital de privatização do metrô de Belo Horizonte. O leilão de privatização da CBTU-BH será no dia 22 de dezembro deste ano, há poucos dias de terminar o governo Bolsonaro.
De acordo com o edital, o lance mínimo para o leilão deverá ser de R$ 19.324.304,67. É um preço irrisório, ainda mais considerando que o Estado continuará subsidiando o metrô para manter seu funcionamento. É vender a preço de banana!
Sabemos o que isso significa: lucro para os empresários, descaso com a população e com os metroviários. E mais! Tarifas altíssimas.
Segundo o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais, a categoria está em greve parcial, em que foi determinado pela Justiça a operação de 60% das viagens.]
Nesta semana a categoria fará diversas ações em Belo Horizonte, fechando com um ato na quinta-feira, 29, às 16h30, na Estação Central, e uma assembleia pós-ato. No ato será feito um ”bananaço” lembrando o valor irrisório que Zema e Bolsonaro estão entregando o metrô.
A Fenametro apoia a luta dos metroviários de MG e diz não à privatização!
Nesta quarta-feira, dia 17, biomédicas da Universidade Feevale acompanhadas de diretores do Sindimetrô/RS percorreram todas as 22 estações da Trensurb para testar os colegas para o covid-19. A coleta de materiais para o exame dos metroviários que atuavam na linha de frente ocorreu nos turnos manhã e tarde.Duas equipes da universidade fizeram a coleta das amostras para o teste PCR-RT, o mais eficaz para o diagnóstico da covid. Divididas em dois trechos (Norte e Sul) as equipes testaram 126 metroviários que estavam na escala de trabalho neste dia. O efetivo noturno das estações virá ao sindicato nesta quinta-feira (18) para realizar a coletagem.
O presidente do Sindimetrô, Luís Henrique Chagas, disse que a medida tem o objetivo de saber os níveis de contaminação dos metroviários da linha de frente: “Nosso receio é que a situação saia de controle, com mais colegas contaminados e doentes”, disse Chagas.
A falta de um gerenciamento nacional da crise sanitária por parte do governo Bolsonaro também se reflete na desorganização local destas ações. A Trensurb segue perdida nos critérios dos afastamentos dos suspeitos de infecção, no ritmo das testagens e também nas orientações básicas para o dia-a-dia dos trabalhadores nos setores e nas estações.
Atualmente a empresa possui cerca de 70 trabalhadores afastados por causa da doença. Cinco estão internados, sendo que destes, três estão em estado grave. No último domingo morreu o primeiro metroviário gaúcho, vítima de covid-19.
Chagas também ressaltou a importância de uma revisão nas prioridades de vacinação por parte das três esferas de governos: “A contaminação de apenas um trabalhador já coloca em risco milhares de usuários todos os dias e pode afetar a prestação dos serviços. Por isso, os metroviários pedem que a empresa atue politicamente e exija urgência na vacinação da categoria.”, enfatizou o presidente da entidade.
Em 09 de junho de 2014, data em que 42 metroviários de São Paulo estavam sendo demitidos numa demonstração de perseguição política e tentativa do Governo do Estado de SP impedir a luta da categoria, que em uma greve de 5 dias fez repercutir no mundo a busca pelos direitos.
Mês de junho é um mês marcante para a categoria, pois além da luta intensa que garantiu direitos, foi o mês das demissões, também um mês que ensinou muito da luta de classes, foi um período de grande demonstração de solidariedade de todos os metroviários do país, mas também de outros trabalhadores no mundo inteiro.
Mas junho não marca apenas as demissões, mas após 4 anos, após muita luta, chegou a vitória da reintegração, em que a data efetiva do retorno às áreas de atuação se deu em junho.
Os metroviários estiveram em muitos junhos de luta, …2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019, se procurar no histórico de mobilizações no país, os metroviários estiveram lá.
Estamos em junho de 2020 num momento inédito em que mais uma vez precisamos de muita unidade e força para enfrentarmos os ataques dos governos e marcaremos mais uma vez o mês de junho na defesa dos direitos, pela democracia, contra o racismo, em defesa da vida acima do lucro.
A Fenametro esteve presente, participando e apoiando a batalha contra os governos. A Federação lembra a data, que não pode se perder no tempo, pelo contrário, deve estar sempre na memória de todos como parte da construção de uma luta maior. Sempre deve ser mostrado que a luta faz diferença na vida dos trabalhadores e a história dá o ânimo necessário para que todos sigam nessa entoada.
Os metroviários são parte de várias histórias e, algumas contadas em filmes que contam com cenas reais da categoria. Um deles, Futuro Junho. Documentário de Maria Augusta Ramos, o qual mostra um pouco dessa história com cenas reais da greve dos metroviários de SP em 2014.
Que venham muitos junhos de luta e os metroviários estejam firmes, unidos, sempre presentes para que a classe trabalhadora alcance sua vitória.