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Metroviários do DF alertam para necessidade de manutenção corretiva para reduzir problemas

18.09.11 Distrito Federal

No último dia 17, o metrô do Distrito Federal voltou a apresentar problemas e teve de ser rebocado. A pane aconteceu na estação da Praça do Relógio, em Taguatinga. O veículo, um dos 12 novos trens, apresentou falta de tração e os passageiros tiveram de desembarcar na estação Concessionárias, em Águas Claras. Esta é a terceira falha apresentada pelo sistema em menos de um mês.

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Segundo o  diretor de Operações do Metrô-DF, Fernando Sollero, as panes, apesar de frequentes, acontecem com alguma regularidade e, de acordo com ele, os problemas podem ocorrer com qualquer sistema complexo semelhante ao do metrô. “É por isso que ocorre manutenção. O número de componentes do sistema é muito grande e é normal ocorrerem pequenos problemas”, explica.

Sollero esclarece que algumas  falhas acontecem desde a fundação do metrô, no entanto, nos dias de hoje, com a rápida divulgação das informações, os problemas são destacados com mais ênfase. “Mesmo assim, existe uma grande estrutura para que o usuário sinta o menor impacto possível”, argumenta. “Sabemos que as panes geram incômodo para os passageiros, porém, tentamos amenizar ao máximo a situação”, garante.

Fiscalização

Os trens do metrô, de acordo  com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (Sindmetrô-DF), Leandro Santos, não passam por fiscalização. Segundo ele, os veículos precisam se submeter a manutenções preventivas e corretivas, porém, um dos procedimentos não é cumprido. “Se a manutenção fosse boa, não ocorreriam problemas constantes. De fato acontece a manutenção preventiva, mas a corretiva, raramente é feita.”

Santos explica que, em uma manutenção corretiva, algumas das falhas podem ser corrigida de imediato, mas, segundo ele, dificilmente isso acontece. “Geralmente, ocorre  no fim do dia, mas muitas vezes, passa despercebido”, afirma.

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Sollero garante que a manutenção dos trens é feita por uma empresa terceirizada e que há fiscalização do Metrô sobre o trabalho.

Prejuízos aos usuários

Erika Vieira, 27 anos, moradora de Samambaia, já teve a viagem atrasada por conta de falha em um trem. “Minha sorte é que foi rápido. Durou cerca de dez minutos até o piloto ter autorização para prosseguir”, explica. Ela avalia que deveria haver uma manutenção mais rigorosa nos trens. “Constantemente ocorrem problemas, principalmente pela manhã. Isso é falta de respeito. A fiscalização deveria ser melhor,” argumenta a usuária do transporte.

Micael Natalino, 20 anos, também questiona as condições dos trens. De acordo com ele, antes da implementação do metrô já era necessário prever as falhas e investir para que o transporte não apresentasse problemas frequentes. “Tive conhecimento que somente agora  serão feitas melhorias. Se o GDF tivesse realizado isso antes, essa verba poderia ser utilizada para outras obras”, opina.

Segundo Fernando Sollero, diretor de Operação e Manutenção do Metrô DF, durante a pane de ontem os trens ficaram cerca de 27 minutos com velocidade lenta. “Foi o tempo de interferência direta no sistema da velocidade normal”, explica.

Para acompanhar o crescimento de 10% no número de passageiros registrado no primeiro semestre deste ano, foram adquiridos mais 12 trens em 2008. O número corresponde a um aumento de 30% dos veículos em comparação ao período de janeiro e julho de 2010.