Para sindicalista, privatização gerou falta de funcionários
O Metrô do Rio de Janeiro foi privatizado em 1998, e hoje é administrado pela empresa Invepar. De acordo com Ariston Siqueira dos Santos, vice-presidente da Fenametro-RJ, entre as conseqüência da privatização está a redução do quadro de funcionários. “Uma das principais questões é a falta de pessoal, pois afeta diretamente a qualidade de serviço. Existem poucos trabalhadores para as funções que precisam ser realizadas, o que também prejudica a população”, disse.
Além disso, Ariston destaca a grande rotatividade da empresa, com um grande número de demissões. “São cerca de 250, 300, demissões por ano, o que cria insegurança para os empregados, não cria vínculo com a empresa é péssimo para mobilização dos trabalhadores”, afirmou.
As demissões não ocorrem somente com os funcionários, mas também com dirigentes sindicais e membros do sindicato. “Eles demitem diretores sindicais. Imagina a insegurança para o resto da categoria”, explica.
O metrô do Rio tem a tarifa mais cara do país, R$ 3,70. “Além de ter a tarifa mais cara é o que paga os salários mais baixos para os metroviários”, enfatiza Ariston.