Novamente os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa estão em greve contra a privatização da empresa que será nociva para o País, já que este vai pagar mais do que paga hoje pelo serviço público e que colocará os interesses do lucro dos privados à frente dos interesses dos usuários.

Esta greve que registra uma adesão quase total e que paralisou, na sexta-feira dia 26 de junho de 2015, toda a atividade da empresa, é mais uma jornada de luta das muitas que os trabalhadores  têm feito e, agora, com mais razão, porque o governo , contra os interesses do país, dos usuários, anuncia a entrega da empresa a estrangeiros, ao mesmo tempo que, por intermédio da administração,  desencadeara um processo de reestruturação com vista á extinção de postos de trabalho e direitos, para ficar mais barata para os grupos econômicos e financeiros.

Enquanto os trabalhadores lutam, o governo desenvolve através da midia, uma campanha contra o direito à greve, dizendo que é um direito bom, desde que não seja usado e, e não discutem os efeitos negativos da privatização para o país, para os trabalhadores e usuários.

Nunca vimos nenhum “especialista” da mídia protestar contra o aumento acima da inflação das tarifas, contra as inúmeras avarias que diariamente se registram, contra a redução de trens, contra os tempos de espera entre circulações, contra a especulação financeira que, só no ML, tirou ao erário publico mais de mil milhões de euros, o crime para eles, é quando os trabalhadores lutam contra isto tudo isto.

No entanto, quando os trabalhadores lutam por salários, a mídia diz que estes trabalhadores são “ricos” e ganham muito, apresentando números disparatados (a não ser que queiram pagar a diferença entre aquilo que dizem ser o salários dos trabalhadores e aquilo que estes efetivamente ganham), como se fosse crime ter direito a uma vida digna.

É verdade que para estes senhores todo e qualquer salário honrado é sempre grande, porque estão ao serviço dos que procuram aumentar a exploração de quem trabalha, para aumentarem os seus lucros e rendimentos.

A FENAMETRO apoia os trabalhadores do Metrô Lisboa na luta contra a privatização dos transportes públicos.