Notícias

Entregadores de aplicativo planejam nova greve para esta sexta (16) em São Paulo

14.04.21 Notícias, São Paulo
Paralização dos entregadores de aplicativo na praça Charles Miller, Pacaembu.

Paralização dos entregadores de aplicativo na praça Charles Miller, Pacaembu. Entregadores de aplicativos planejam uma paralisação na cidade de São Paulo na próxima sexta-feira (16). O movimento denuncia más condições de trabalho e taxas de pagamento cada vez menores

A greve na capital paulista vai reunir trabalhadores independentes, que tentam reverter a exploração na prestação do serviço e garantir acesso a direitos básicos.

Taxas baixas, gasolina cara, punições e bloqueios arbitrários por parte das empresas de aplicativos são algumas das principais reclamações da categoria, cuja luta ganhou repercussão no ano passado com a realização do Breque dos Apps, em julho, quando houve protestos e paralisações em todo o país. Segundo denunciam, na prática, esses trabalhadores pagam para trabalhar.

No entanto, os entregadores relatam que, de lá para cá, nada mudou. Em conversa recente com o Brasil de Fato, o motoboy Simões*, que atua com entregas há quinze anos reafirmou a percepção.

Veja também  Linha 4 - Amarela, do Metrô de São Paulo é fechada e prejudica a população novamente

“Fizemos a paralisação e os caras não cederam em nada. As taxas estão cada vez piores. Esses dias peguei uma corrida da Rappi por R$ 3,60 para andar um raio enorme. Está pior do que já estava. Fica quem não tem outra opção. A gasolina aumenta, mas as taxas não”.

A remuneração precária não é o único problema. Os trabalhadores afirmam que as plataformas ainda bloqueiam profissionais de maneira arbitrária e não fornecem equipamento suficiente para proteção contra a covid-19.

Eles vão se reunir em frente ao estádio do Pacaembu, a partir das 13h e pedem apoio dos colegas que não poderão comparecer, “Caso você não possa estar presente, desligue seus Apps”, convoca o movimento.

*Simões é um nome fictício; a fonte preferiu não se identificar completamente por receio de retaliação.

Fonte . CUT, Brasil de Fato e CSP-CONLUTAS