O Metrô de São Paulo iniciou na última semana um processo de demissão de diversos funcionários, sem qualquer explicação. Até o momento 20 trabalhadores foram demitidos, o que causou grande indignação na categoria. As demissões ocorreram logo após a greve geral do dia 14 de junho, que teve forte adesão dos metroviários de São Paulo.
As demissões são parte do processo de privatização do Metrô, que visa enxugar cada vez mais o quadro de funcionários, para facilitar as privatizações, pretendendo demitir até 3 mil metroviários. Os trabalhadores demitidos entraram no metrô no final da década de 1980, o que mostra a intenção do metrô de demitir toda uma geração de luta.
A Fenametro é contrária as demissões e oferece sua solidariedade e apoio aos metroviários de São Paulo. É notória a crescente precarização do metrô, e a falta de funcionários é sentida pela categoria e pela população.
Repudiamos a atitude da direção do Metrô e do governo de João Dória (PSDB), que tenta cumprir suas promessas de campanha de privatização do Metrô.
A privatização só traz prejuízos para população e para os trabalhadores, com precarização do trabalho, demissões e aumento da tarifa.
Confira as deliberações de luta contra as demissões aprovadas pelos metroviários de São Paulo em assembleia nesta quarta-feira, 26:
– Orientação aos companheiros que foram demitidos que procurem o Departamento Jurídico do Sindicato
– Ato público em 2/7, com local e horário a confirmar. Todos os demitidos estão convidados a participar da manifestação
– Será distribuída uma Carta Aberta à População denunciando as demissões e o terrorismo que a empresa quer promover na categoria
– Realização de twitaço no dia 2/7
– Assembleia em 4/7, 18h30, no Sindicato, para discutir também o Plano de Saúde dos aposentados