Resoluções da Plenária do 6º Congresso da Fenametro, realizada no dia 20 de agosto de 2017 em Atibaia, São Paulo.
Conjuntura
– O 6º Congresso da Fenametro da Fenametro reconhece que o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) foi um golpe jurídico-parlamentar-midiático.
– A crise em nosso país é profunda e o ataque aos trabalhadores é inegável, representando um retrocesso histórico nas conquistas da classe. Por isso é preciso lutar e organizar ações diretas, como novas greves, ocupações e manifestações.
Movimento Sindical
– O 6º Congresso da Fenametro reconhece que as Centrais Sindicais UGT e Força Sindical se aliaram ao governo Temer para desmobilizar a greve geral do dia 30 de junho, e CUT e CTB não a organizaram com a mesma intensidade que na greve dia 28 de abril.
– Aprovado que a Federação defende o fim do imposto sindical e que é necessário se pensar novas formas de financiamento dos sindicatos e das lutas sindicais.
Balanço da Fenametro
– A Gestão 2014/2017 da Fenametro esteve presente na resistência às privatizações e na luta contra a retirada de direitos de toda a classe trabalhadora nos Estados onde atua.
– A direção apoiou e esteve presente em todas as lutas da categoria metroferroviária neste período.
– A Federação ampliou sua capacidade de comunicação, com novo site, mídias sociais, jornais e boletins impressos.
– Mesmo com uma grande demanda de gastos, a gestão foi encerrada com uma situação financeira estável.
– A plenária fez um balanço positivo da última gestão da Fenametro, com alguns votos contrários.
Plano de lutas
– Participação em todas as lutas contra as reformas trabalhista e previdenciária, as privatizações, a terceirização e a criminalização do movimento sindical e popular.
– Apoio e participação na luta dos trabalhadores nacional e internacionalmente, contra os patrões e os governos.
Privatização e terceirização
– Luta pela integração à categoria metroviária dos trabalhadores terceirizados.
– Busca de sindicatos e Federações da área para que também encampem as bandeiras da luta contra a privatização e terceirização.
– Pela reintegração dos companheiros demitidos por participarem de lutas e greves da categoria, como em São Paulo e no Rio de Janeiro, em 2007, 2014, 2017 e em outros anos. A reintegração é parte da luta contra a criminalização do movimento sindical, que inclui a denúncia de diversas práticas antissindicais e a judicialização das greve da categoria.
– Adesão da categoria metroviária ao Dia Nacional de Lutas Contra as Reformas, organizado pelos metalúrgicos no dia 14 de setembro.
Combate às opressões
– Pelo fim do racismo, machismo e LGBTfobia.
– As mulheres, negras e negros e LGBTs são parte da classe trabalhadora e da categoria metroferroviária, e por isso é fundamental que a Federação esteja nesta luta.
– Que a Federação se engaje na luta pelo combate às opressões assim como seus Sindicatos.
Moções
– Pela imediata liberdade para Rafael Braga, jovem negro símbolo do racismo do sistema penal brasileiro.
– Rejeitada a proposta de Resolução de Apoio a Constituinte na Venezuela.
Eleição da Diretoria
-Apresentação de duas chapas, Chapa 1: “Na luta contra as privatizações e nenhum direito a menos”, composta por CUT, CTB e independentes e Chapa 2: “ Fora Temer, sindicalismo de luta, democrático, e independente dos patrões e governo”, composta por CSP-Conlutas e independentes.
– A Chapa 1 recebeu 59 votos, e a Chapa 2, 91 votos, de um total de 150.