Movimentos sociais e sindicatos farão protesto em Brasília pela reinterpretação da Lei da Anistia
20.08.18 Geral, NotíciasO Fórum dos Trabalhadores por Verdade, Justiça e Reparação, fará uma manifestação em Brasília na próxima segunda-feira, 27, durante uma sessão solene na Câmara dos Deputados, pelos 39 anos da Lei de Anistia.
A Fenametro é uma das fundadoras do Fórum, que é uma organização de entidades sindicais que dá continuidade aos trabalhos do Grupo de Trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores, às Trabalhadoras e ao Movimento Sindical, da Comissão Nacional da Verdade. O Grupo contribuiu para que fossem levantados um conjunto de elementos que comprovam a participação direta e indireta de empresas no engendramento do regime ditatorial brasileiro. A participação destas empresas era desde o financiamento do golpe, passando pelo uso de práticas de repressão entre os seus funcionários, que resultaram em sequelas físicas e psíquicas, até a condenação ao desemprego ou ao subemprego dos trabalhadores militantes, devido às listas sujas por elas elaboradas, incluindo vigilância, infiltração, prisões dentro das fábricas, repasse de fichas funcionais de trabalhadores aos órgãos de repressão, entre outras modalidades de colaboração.
A manifestação, pede a reinterpretação da Lei de Anistia, punição dos agentes de Estado e das empresas que cometeram hediondos (prisão,tortura, desterro, estupro e morte) – nem as crianças estiveram imunes à violência do regime militar. Os manifestantes também pedem a reparação para todos que lutaram contra a Ditadura.
O governo Temer tem interferido ilegalmente nos julgamentos promovidos pela Comissão de Anistia, e retirado a anistia de diversos trabalhadores, além de negar outros processos.
No dia 28 de agosto, o Fórum apresentará ao Ministério do Trabalho um posicionamento unitário do movimento sindical pela continuidade do GT Comissão da Verdade no Ministério do Trabalho (MTB), que tem o objetivo de resgatar o papel do Ministério na ditadura e difundir essa discussão através de audiências públicas nas regiões mais atingidas pela repressão.
Será reivindicada a preservação do acervo histórico do MTB, atualmente em péssimas condições de conservação.
Com informações do IIEP (Intercâmbio, Informações, Estudos e Pesquisas)