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O modelo de transportes brasileiro precisa ser questionado

11.06.18 Geral, Notícias Tags:,

A recente greve dos caminhoneiros levantou um questionamento importante: o Brasil é muito dependente do transporte rodoviário para o abastecimento da população e o comércio. Com poucos dias de greve, diversas cidades já enfrentavam o desabastecimento de alimentos e mercadorias.

A Fenametro acredita que todo trabalhador deve ter seu direito de greve, e não vem debater aqui a movimentação dos caminhoneiros, mas sim o modelo de transporte escolhido para o país.

A priorização do transporte rodoviário em detrimento do ferroviário é uma política de décadas no Brasil, iniciada na década de 1930, que tem relação principalmente com a defesa de um modelo de transporte individual, o carro.

Esta política levou ao fim as diversas ferrovias que transportavam passageiros no Brasil, e hoje restam apenas 3 linhas de transporte de passageiros, que são privadas, e ainda existem trechos curtos em diversos locais do país para passeios turísticos.

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Atualmente, o Brasil possuiu cerca de 30.000 km de ferrovias, cuja grande maioria é utilizada para o transporte de cargas. Em 1997, o governo concedeu a maioria das ferrovias existentes a iniciativa privada, num amplo pacote de privatizações.

A Fenametro defende a expansão da malha metroferroviária e é contra as privatizações. O modelo ferroviário é mais sustentável, econômico e seguro, e por isso acreditamos que o Estado deve investir na expansão deste modal, e realizar um planejamento de acordo com os interesses da população.