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8 de Março, Dia Internacional de Luta das Mulheres – Dia de Luto, dia da Luta

08.03.18 Geral, Notícias Tags:,

Por Rosa Maria Anacleto, Diretora da Secretaria de Políticas de Mulheres

O Dia Internacional de Luta das Mulheres foi constituído com a dor da violência daquelas que defendiam seus direitos trabalhistas. Mulheres foram queimadas em uma fábrica têxtil, por defenderem redução de horas de serviço.

A data, reconhecida internacionalmente com data de luta, foi palco dos enfrentamentos que muitas mulheres passaram em defesa de seus direitos. Direitos esses conquistados, com muita resistência e resiliência das mulheres. Mulheres diversas, que conquistaram o direito à licença maternidade, ao voto, a carteira assinada, ao direito do pensamento e da vida.

As mulheres que secularmente galgaram seus direitos e conquistaram, estão hoje, sob o reflexo da desconstrução de suas aquisições cidadãs.
Estamos no mundo, mas principalmente no Brasil, amargando as perdas da alienação, do desmonte de direitos adquiridos, do conservadorismo, fundamentalismo, racismo, homofobia e intolerância. Estamos reféns, do sistema estratégico de opressão, construído e consolidado nas desigualdades sociais e raciais.

O gerenciamento político do Brasil, hoje, tem um perfil entreguista, que desmontou direitos trabalhistas, políticos e pretende instaurar uma reforma política que, só para variar, afeta diretamente as mulheres, e em maior intensidade as mulheres negras.

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As mulheres são ainda hoje a maior sustentação do desenvolvimento de nossa nação, são o alicerce social que supera na sua força individual e coletiva as pressões sociais constantes e suas vidas. São elas que sofrem com a violência urbana, doméstica e sexual. São elas que morrem por serem mulheres e por terem opinião, são elas que ganham ainda hoje menores salários no exercício da mesma função. Amargam o desemprego, a falta de assistência na saúde e a educação sucateada, e enfrentam as desvantagens na ocupação de espaços de poder e a sobrecarga da divisão de tarefas.

Mesmo assim, somos a maioria da população, somos as promotoras da transformação e do equilíbrio social. Neste 8 de Março estamos na luta, ocupando às ruas em marcha por um novo projeto político para o Brasil, com desenvolvimento, trabalho digno e pela democracia. Estaremos unidas contra tudo o que nos oprime, por nenhum direito a menos, por nenhuma mulher a menos! Marcharemos contra o racismo, a violência, a homofobia, a lesbofobia, e o bem viver. Por nós, por você e por todos.

“Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja nossa própria substância” -Simone de Beavouir

Contra o Golpe, FORA TEMER

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