Trabalhadores da fábrica da Unilever em Vinhedo, São Paulo, estão em greve desde o dia 29 de setembro contra demissões e retirada de direitos. A empresa pretende demitir 130 funcionários e contratar terceirizados para substituí-los. De acordo com o Sindicato dos Químicos, os trabalhadores terceirizados serão contratados por menos da metade do salário pago hoje.
A empresa alega que as demissões são necessárias para modernização, um argumento semelhantes ao utilizado pelo governo para a aprovação da Reforma Trabalhista. A realidade é que as demissões possibilitarão o aumento do lucro da empresa e a precarização do trabalho.
No sábado, 7, dirigentes sindicais foram presos e uma manifestação contra a prisão foi duramente reprimida pela polícia. A Unilever conseguiu uma ordem judicial para furar os piquetes dos trabalhadores, num claro atentado ao direito de greve.
A Fenametro apóia a luta dos trabalhadores, condena a repressão policial e da empresa e enfatiza a defesa ao direito de greve. Não aceitaremos a retirada de direitos! Dizemos não à terceirização e a Reforma Trabalhista!
Unilever está envolvida em caso de racismo
A Unilever é dona de diversas marcas no mundo, e um delas esteve recentemente envolvida num caso de racismo. A marca Dove, de produtos de higiene e beleza, veiculou uma propaganda onde mulheres negras se tornavam brancas após usar produtos Dove, associando ser negro à sujeira e feiúra.
No Metrô de São Paulo há racismo institucional
O Metrô de São Paulo demitiu no mês de setembro um funcionário da estação Praça da Árvore, Valter Rocha, alegando agressão física a um usuário. Demitido sem direito de defesa, ele nega as acusações.
Valter é negro, e acredita que sua demissão é fruto de racismo da empresa. O metroviário denuncia há anos o racismo no Metrô, que chegou, inclusive, a lhe pressionar para cortar seu cabelo, já que usa dreads.