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Metroviários organizam plano de lutas para enfrentar privatização e reformas

23.08.17 Geral, Notícias Tags:

O 6º Congresso da Fenametro, realizado entre os dias 17 e 20 de agosto em Atibaia, São Paulo, realizou importantes discussões sobre a situação política do país, a luta contra a privatização dos metrôs e a terceirização, além de estratégias de enfrentamento ao governo Temer e suas reformas.

Os metroviários aprovaram resoluções relacionadas a conjuntura política, com destaque para o reconhecimento de que o impeachment foi um golpe jurídico-parlamentar-midiático contra a presidente Dilma Rousseff (PT), e de que é necessário a organização de ações diretas, como novas greves, ocupações e manifestações, para derrotar o governo Temer.

No que tange ao movimento sindical, aprovou-se a avaliação de que as Centrais Sindicais UGT e Força Sindical, se aliaram ao governo Temer para desmobilizar a greve geral do dia 30 de junho, e de que CUT e CTB não a organizaram com a mesma intensidade que na greve dia 28 de abril.

Ainda em relação ao campo sindical, foi aprovado o fim do imposto sindical e a necessidade de se pensar novas formas de financiamento dos sindicatos e das lutas sindicais.

Os metroviários organizaram um plano de lutas, que consiste em ações para enfrentar os problemas da categorias e os retrocessos impostos pelo governo. As lutas centrais serão contra as reformas trabalhista e previdenciária, as privatizações, a terceirização e a criminalização do movimento sindical e popular.

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No combate à terceirização e a privatização incorporou-se a necessidade da luta pela integração à categoria metroviária dos trabalhadores terceirizados, e ressaltou-se a necessidade da busca dos sindicatos e Federações da área para que também encampem estas bandeiras.

Os metroviários também consideraram fundamental a reintegração dos companheiros demitidos por participarem de lutas e greves da categoria, como em São Paulo em 2007, 2014 e em 2017. A reintegração é parte da luta contra a criminalização do movimento sindical, que inclui a denúncia de diversas práticas antissindicais e a judicialização das greve da categoria.

Para continuar na batalha contra as reformas do governo Temer, a categoria decidiu fazer parte do Dia Nacional de Lutas Contra as Reformas, organizado pelos metalúrgicos para o dia 14 de setembro, e se somará às mobilizações.

O Congresso, além disso, aprovou uma moção pela imediata liberdade para Rafael Braga, jovem negro símbolo do racismo do sistema penal brasileiro.