MetrôRio e polícia intimidam diretores do Sindicato dos Metroviários
31.03.17 Notícias, Rio de JaneiroA diretoria do Sindicato dos Metroviários do Rio de Janeiro (SIMERJ) realizou nesta quinta-feira, 30, um ato para convocar a categoria para as manifestações contra as reformas da previdência e trabalhista, e o novo projeto de lei das terceirizações. Diversas categorias e movimentos sociais estarão mobilizados nesta sexta-feira, 31, na Calendária, para denunciar estas Reformas.
Os metroviários faziam sua manifestação em frente ao Centro Administrativo da MetrôRio, próximo a Central do Brasil, quando foram abordados por funcionários da empresa para que retirassem a faixa que haviam colocado na grade externa. A categoria denunciava as reformas num carro de som.
O presidente do Sindicato, Heber Fernandes da Silva, relata que foi abordado não apenas por funcionários da empresa, mas também intimidado por policiais da Operação Segurança Presente, uma parceria entre o Governo do Estado e a Fecomércio.
A Operação Segurança Presente é um projeto polêmico que não agrada organizações de defesa dos direitos humanos, composto por policiais militares em dias de folga, ex-integrantes das Forças Armadas e seguranças privados.
Três agentes da Operação intimidaram o presidente do SIMERJ para que retirassem a faixa, logo após os metroviários se negarem a retirá-la a pedido da empresa. Enquanto tentavam dialogar com os agentes, um funcionário da empresa retirou a faixa com uma tesoura.
Além do presidente, outro diretor do Sindicato foi intimidado. A Fenametro destaca que um dos agentes, um policial sem identificação, dentre diversas pessoas presentes, só solicitou o documento de um diretor negro. Esse é um exemplo de ação racista que estrutura a polícia brasileira, a que mais mata no mundo, em especial jovens, negros e pobres.
O SIMERJ tentou dialogar tanto com a empresa como com os agentes. “Nós realizávamos um ato político, não estávamos no interior da empresa, e sim denunciando as Reformas do Governo Temer”, afirmou Heber.
A Fenametro repudia a ação tanto da empresa como da polícia, e não aceitará intimidação à categoria metroferroviária.
Pela liberdade sindical e de manifestação. Não às reformas da previdência e trabalhista!