No Dia Nacional de Lutas contra a Reforma da Previdência, metroferroviários de todo país estão mobilizados. Em São Paulo e Belo Horizonte os metrôs e trens permanecerão paralisados por todo o dia. Em Porto Alegre há liberação de catracas, distribuição de materiais para a população e mobilizações ao longo dia. Em Recife o metrô só funcionará nos horários de pico.
A categoria também se somará as manifestações marcadas em diversas cidades, e em conjunto a Centrais Sindicais e Movimentos Sociais irá denunciar esta Reforma.
Reforma deixará milhões sem aposentadoria
A Reforma da Previdência, apresentada no final de 2016, impõe uma mínima de 65 anos para aposentadoria tanto para homens como para mulheres e só garante aposentadoria integral para aqueles que contribuírem por 49 anos.
A proposta de Temer é irreal para a realidade dos brasileiros, que em grande parcela estão no trabalho informal e enfrentam períodos de desemprego. Além disso igualar a idade de aposentadoria de homens e mulheres prejudicará as mulheres, que sofrem com a dupla jornada de trabalho.
Segundo a Secretaria de Previdência Social de cada três aposentados dois ganham apenas um salário mínimo. Entre as mudanças previstas na Reforma está a mudança no cálculo das aposentadorias. Hoje elas são calculadas de acordo com o salário mínimo, e corrigidas ano a no conforme sua evolução. Com a Reforma pretendem-se incluir correções menores, o que fará com que milhões de brasileiros recebam menos de um salário mínimo de aposentadoria.
Estes dados, somado ao efeito da PEC, significam na prática um avanço da desigualdade social, com baixo salário mínimo, destruição da saúde e da educação pública. Além disso, junto a PEC já são encaminhados para o Congresso projetos que pretendem privatizar diversos setores, abrindo caminho para precarização do trabalho e mais corrupção.
No pacote de mudanças do governo Michel Temer (PMDB) está inclusa ainda uma reforma trabalhista. Estão na mira do governo a CLT, o aumento da jornada de trabalho para até 12, e a ampliação da terceirização. Além disso, ao visarem a CLT, poderão ser feitas propostas de redução de salário, alterações no 13º salário, nas férias, no auxílio-creche, na licença paternidade e no FGTS.
A Fenametro estará nas ruas para barrar estas reformas e convida todos trabalhadores a se somarem a esta luta. Nenhum direito a menos!