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Metroviários de Brasília podem entrar em greve no dia 14

13.06.16 Distrito Federal, Notícias Tags:, ,

Após uma série de tentativas fracassadas de negociação com o governo do Distrito Federal e o Metrô DF, os metroviários de Brasília decidiram em assembléia decretar greve nesta terça-feira, 14, caso a negociação não avance.

A situação do metrô em Brasília é caótica e insegura. Os usuários sofrem com a falta de segurança e não há condições dignas de trabalho para os metroviários. Hoje, se um usuário passar mal é provável que só consiga ser atendido 6 ou 7 estações, 20 km depois da estação que se encontra, e tudo isso pela falta de agentes de segurança nas estações.

O sistema de câmeras que monitora as estações fica constantemente sem funcionários para monitoramente, e há mais de um ano a maioria das estações funciona com no máximo 3 empregados, e em horários de refeição 2. Além disso, trabalhadores portadores de necessidades especiais ficam muitas vezes sozinhos nas estações, e mulheres chegam a ficar isoladas em estações de túnel, colocando-as em risco.

Com estas condições não há como prestar um serviço de qualidade à população, que enfreta filas e a ausência de funcionários nas plataformas para atendimento a cadeirantes, cegos e demais portadores de necessidades especiais.

Alegando a necessidade de diminuir as filas, o Metrô fez um convênio com o DFTRANS para a venda de bilhetes em seus postos,o que mais uma vez mostra a tentativa da empresa em terceirizar a bilheteria do Metrô, proibida pelo processo 419/2004.

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A falta de funcionários é de inteira responsabilidade do Governo do DF e do Metrô. Os metroviários estão há 3 anos aguardando a convocação do concurso realizado em 2013, resultado de uma greve de 3 dias que reivindicava a contratação de mais funcionários. Na ocasião o Tribunal Regional do Trabalho determinou a realização do concurso, incluindo uma multa de R$ 1 milhão caso não fosse realizado. Se estes funcionários estivessem trabalhando os metroviários não seriam obrigados a diariamente abrir as cancelas.

Acordo coletivo

A categoria aguarda a negociação das clausulas financeiras do acordo coletivo desde dezembro de 2015, quando a proposta de pauta foi entregue ao Metrô e ao Governo do DF, e desde então não recebeu nenhuma reposta. Enquanto isso corre pelos corredores do Governo a possibilidade de privatização de duas das maiores empresas do Estado, o próprio Metrô e a Companhia de Saneamento, dados como certos.

Os metroviários do DF enfatizam que é o governo e o Metrô que está os levando a greve.