A polícia deteve na quinta-feira (20/3) mais dois homens suspeitos de ligação com os grupos de molestadores que atuam no metrô e na CPTM. Um na Linha Vermelha e outro na estação Consolação (Linha Verde). A Polícia Civil está investigando a atuação de pelo menos 30 grupos de abusadores no transporte público.
Eles têm páginas no Facebook e em outras mídias sociais nas quais estimulam atos obscenos em mulheres.
Na manhã de quarta-feira (19/3), dois homens foram presos por práticas de atos obscenos contra mulheres na Estação Sé do Metrô de São Paulo. Os dois foram enquadrados por “importunação ofensiva ao pudor”.
O técnico em informática Bruno Perroni, de 24 anos, filmava, por baixo, as mulheres no metrô. Em seu celular, os policiais encontraram a filmagem das coxas de outra mulher, também feita no metrô. A suspeita da polícia é de que o vídeo depois fosse enviado para a internet, onde proliferam fóruns de discussão e páginas no Facebook incitando esse tipo de crime.
O outro suspeito foi o engenheiro eletricista Eduardo do Nascimento, de 26 anos, que enfiou a mão por baixo das pernas de uma mulher de 33 anos, enquanto os dois desembarcavam de um trem lotado na Sé.
Na tarde de segunda-feira (17/3), o universitário Adilton Aquino dos Santos, de 24 anos, foi enquadrado por estupro depois de molestar uma passageira que viajava em um trem da Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Chega a 22 o número de ocorrências semelhantes registrados neste ano pela Delpom (Delegacia de Polícia do Metropolitano), que trata das ocorrências no metrô, CPTM, ônibus e terminais rodoviários . O episódio envolvendo Adilton Aquino foi o único registrado como estupro – os demais aparecem como importunação ofensiva.
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo há muito tempo vem denunciando os casos de assédio sexual no transporte público. Para lidar com esses caos de assédio é necessário um número maior de funcionários. Também é necessário que a Delpom se adeque para o atendimento das mulheres. Foi aprovada a campanha contra o assédio por meio da TV Minuto, mas a empresa ainda não a implementou.
O Sindicato continuará sua campanha “Basta de Violência Contra as Mulheres”
Fonte: Sindicato dos Metroviários de São Paulo.