As cenas da repressão policial contra as manifestações dos(as) metroviários(as) de São Paulo durante a greve da categoria que durou quatro dias chocou e revoltou qualquer trabalhador e trabalhadora que luta por melhores condições de trabalho e uma digna remuneração salarial.

Mais chocante ainda foram as posições do governo do PSDB e da justiça, o primeiro pela postura inflexível diante do impasse e o segundo por criminalizar o movimento. O resultado dessa equação foi a injusta e inaceitável demissão por justa causa de 42 trabalhadores, sendo onze dirigentes sindicais.

Durante a audiência na justiça os metroviários paulistas acataram inclusive a redução de 23,27% do valor do índice no reajuste salarial reivindicado, mas não foi o suficiente para saciar o desejo do governador Geraldo Alckmin de criminalizar aqueles que lutam por trabalho e salários dignos, mantendo-se irredutível quanto às demissões. No meio do impasse uma justiça que de maneira desproporcional julga a exigência de uma greve com funcionamento de 100% do efetivo, bloqueia bens do sindicato e aplica multas com valores injustos em se tratando de uma entidade de trabalhadores.

O Sindmetro/PE declara sua solidariedade aos metroviários paulistas e convoca as demais entidades sindicais e trabalhadores metroferroviários brasileiros para se somarem na luta pela readmissão dos 42 companheiros demitidos. A articulação pela unidade da categoria responde ao chamado do recente Encontro Internacional dos Metroviários realizado em Recife/PE, pela luta contra as privatizações, na defesa do modal ferroviário de transporte e em defesa dos trabalhadores metroferroviários.

Fonte: Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Metroviárias e Conexos do Estado de Pernambuco