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Simerj sofre nova tentativa de intimidação as vésperas do Acordo Coletivo 2013

08.05.13 Rio de Janeiro

Mais uma vez o Metrô Rio tenta intimidar a direção do Simerj e a categoria metroviária, demitindo uma dirigente sindical as vésperas do início das negociações do Acordo Coletivo. A companheira Marcella Cathoud sempre atuante participou da Comissão de Negociação do Acordo Coletivo 2012 e, mais recentemente, participou do Encontro Nacional da Mulher Metroviária e da 4ª Plenária da Federação Nacional dos Metroviários – FENAMETRO, em São Paulo, onde defendeu os direitos das mulheres, principalmente das metroviárias.

A companheira Marcella que atuava na função de Líder de bilheteria em 2007 sofreu acidente de trabalho ficando afastada até 2008, e dentro do período de estabilidade foi demitida no ano de 2009, pelo Metrô Rio, razão pela qual entrou com uma Ação de Reintegração pelo Simerj obtendo êxito em primeira instância em 2010.

Sendo eleita para a direção do Simerj na gestão de 2012/2014. Durante esse período a empresa recorreu, em 2013 obteve êxito, em cassar liminar que mantinha os direitos trabalhistas da companheira, demitindo-a antes que o processo se findasse isso em pleno gozo de seu mandato como diretora sindical.

O setor de bilheteria, segmento marginalizado, desprestigiado e perseguido pela empresa, tinha a participação da companheira cobrando melhores condições de trabalho. Sua demissão representa todo descaso e indiferença com o setor e seus trabalhadores (as), que não têm seus problemas resolvidos e ainda tem sua liderança demitida, como forma de intimidar e sufocar qualquer movimento reivindicatório de luta por melhores condições de trabalho e tratamento digno.

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O Metrô Rio já foi condenado pela OIT – Organização Internacional do Trabalho – por práticas antissindicais, justamente por demitir dirigentes sindicais e atacar a garantia ao livre exercício de organização, liberdade e autonomia sindical, sem falar nas frequentes práticas de assédio moral e intimidação da categoria com punições excessivas e ameaças de demissão.

Uma empresa que pretende ter a excelência de qualidade e figurar entre as dez melhores para se trabalhar, como afirma o seu presidente, e trata seu maior patrimônio, os empregados, com desprezo e desrespeito merece a nossa aprovação?

Diante dessas arbitrariedades, a direção do Simerj procurou o presidente do Metrô Rio para uma reunião, a princípio, ele se mostrou sensível com a situação e orientou a gerente de RH, para que, junto ao departamento jurídico da empresa buscasse uma solução que satisfizesse as partes – sindicato e empresa, mas eles apresentaram uma proposta que não condizia com as tratativas iniciais, mantendo a demissão, oferecendo uma compensação financeira a título de danos morais em parcelas, sendo que a última a vencer no final do mandato, cabe ressaltar que a Diretora demitida Marcella não tem intenção de transformar sua demissão em ganhos pessoais, por conta disso, aguarda também uma posição de toda a diretoria do Simerj para nortear sua decisão.

Fonte: Sindicato dos Metroviário do Rio de Janeiro – Simerj