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Metrôs e trens não circularão na Greve Geral

18.04.17 Geral Tags:,

A direção da Fenametro, reunida no início de abril, aprovou a participação na Greve Geral. Com a decisão, seus sindicatos filiados também irão aderir a greve no dia 28.

Convocada por diversas Centrais Sindicais, a greve pretende denunciar as Reformas da Previdência e Trabalhista, e a nova lei das terceirizações, medidas que irão precarizar ainda mais as condições de trabalho da população.

Já confirmaram participação na greve trabalhadores de ônibus, aeroportos, portos, táxis, motoboys e caminhoneiros de todo Brasil.

A Fenametro convoca todas as categorias a aderirem a esta luta! Vamos barrar as Reformas da Previdência, trabalhista e a terceirização.

Com Reforma da Previdência milhões de brasileiros ficarão sem aposentadoria

Trabalhar até morrer. Este será o destino de milhões de brasileiros caso a proposta de Reforma da Previdência do governo de Michel Temer (PMDB)seja aprovada. Com sua aprovação a maioria dos brasileiros ficará sem aposentadoria.

Apresentada ao Congresso no final do ano passado, ela será votada em breve. A proposta impõe uma mínima de 65 anos para que homens e mulheres se aposentem, e só garante aposentadoria completa para aqueles que contribuírem por 49 anos.

A proposta de Temer não condiz com a realidade dos trabalhadores brasileiros. De acordo com ela, para se aposentar com salário integral será necessário trabalhar desde os 16 anos, sem ficar um dia se quer desempregado e ainda contribuir durante todo esse tempo para a previdência.

Sabemos que estes números são impossíveis de atingir. Hoje, uma grande parcela da população está no trabalho informal e não contribui para previdência e também enfrenta períodos de desemprego, quando também não contribui. Além disso diversas regiões do país, como Norte e Nordeste e bairros periféricos das capitais, tem expectativa de vida inferior a 65 anos de idade.

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Isso sem mencionar o grande absurdo que é igualar a idade de aposentadoria de homens e mulheres. Hoje há uma diferenciação no tempo de contribuição de homens e mulheres – são 5 anos a menos para as mulheres – por um reconhecimento histórico de que as mulheres tem uma dupla jornada, já que arcam com grande parte do trabalho doméstico. De acordo com o estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), As mulheres trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana devido à dupla jornada, uma diferença que inclusive aumentou na última década.

Segundo a Secretaria de Previdência Social de cada três aposentados dois ganham apenas um salário mínimo. Na proposta há uma mudança importante que prejudicará estes trabalhadores, a desvinculação do reajuste da aposentadoria com o reajuste do salário mínimo. Esta medida desvaloriza a aposentadoria e contribui para o aumento da pobreza.

A Fenametro estará nas ruas para barrar estas reformas e convida todos trabalhadores a se somarem a esta luta. Nenhum direito a menos!